23 de ago. de 2012

Reino Monera


É o Reino mais simples. São organismos microscópicos, UNICELULARES e PROCARIONTES, ou seja, não apresentam membrana nuclear. Algumas possuem parede celular externa à membrana plasmática.
Podem ser isolados ou coloniais. Suas únicas organelas são os ribossomos, semelhantes aos encontrados nas mitocôndrias dos eucariontes, e seu DNA é circular, formado por uma única molécula de ácido nucleico.
Esse cromossomo não é o único local de informação genética. Soltos no citoplasma existem plasmídeos, pequenos anéis de DNA com autonomia de replicação, responsáveis por características específicas como fixação de nitrogênio do ar, resistência a antibióticos, produção de toxinas, catabolismo de certas substâncias, entre outras.

Metabolismo Bacteriano
 - Aeróbias estritas – executam a respiração aeróbia, na qual a glicose é totalmente degradada a água e gás carbônico na presença de oxigênio.
 - Anaeróbias facultativas – respiram aerobiamente enquanto há oxigênio disponível, mas se o gás faltar, podem degradar a glicose fermentando ou utilizando outro composto como aceptor final de hidrogênio, como nitrato por exemplo (bactérias nitrificantes – incorporam nitrogênio ao solo).
 - Anaeróbias estritas – somente fermentam ou respiram anaerobiamente, sendo o oxigênio LETAL para elas (tétano).

Nutrição Bacteriana
 - Autótrofas – fotossintetizantes (possuem um especial tipo de clorofila) ou quimiossintetizantes.
 - Heterótrofas:
  •  Parasitas – degradam a matéria orgânica contida nos tecidos de organismos vivos);
  •  Simbiontes – vivem no corpo de outros organismos sem causar prejuízos ou, ainda, trazendo benefícios, como por exemplo a flora intestinal dos humanos que, além de auxiliar a digestão dos alimentos, produz vitamina K e complexo B.
  •  Saprófitas ou decompositoras – decompõem e reciclam a matéria orgânica nos diferentes ambientes, sendo indispensáveis ao equilíbrio ecológico.

Reprodução Bacteriana – Assexuada
 - Bipartição – ocorre a duplicação do material genético e divisão celular. O processo dura aproximadamente 20 minutos.



 - Esporulação – o endósporo é uma estrutura formada no interior da célula, altamente resistente ao calor, dessecação e outros agentes físicos e químicos, capaz de permanecer em estado latente por longos períodos e de germinar, dando início à nova célula.




Reprodução Bacteriana - Sexuada
 - Conjugação – duas bactérias unem-se temporariamente através de uma ponte citoplasmática. Em uma delas, denominada doadora, ocorre duplicação de parte do cromossomo ou plasmídeo. Essa parte duplicada passa para a outra célula, denominada receptora, através da ponte, unindo-se ao cromossomo da mesma, ou simplesmente ficando em seu citoplasma.





 - Transformação – pedaços de DNA livres no meio são incorporados, em condições especiais, por uma bactéria que passa a exibir as características do DNA incorporado.



 - Transdução – transferência de material genético de uma bactéria para outra, através de vírus bacteriófagos.




Cianobactérias ou algas azuis
Autótrofas fotossintetizantes, vivem nos mais diversos ambientes, inclusive fontes termais.
Fixam o nitrogênio do ar e formam os liquens, sendo a população pioneira em uma sucessão ecológica.

Vírus e viroses


São os únicos organismos acelulares da Terra atual. Seres muito simples e pequenos são formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA ou RNA.
A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
São parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de replicação celular.
Não possuem metabolismo, por isso medicamentos como antibióticos não fazem efeito em infecções virais.
Não são incluídos em nenhum Reino do sistema de classificação atual, por ser acelulares, ametabólicos, parasitas intracelulares obrigatórios e possuírem capacidade de cristalização.
Tratados como seres vivos por características como material genético (ácidos nucleicos), proteínas, capacidade de reprodução, mutação e hereditariedade.
Ácido nucleico (seja DNA ou RNA) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo.
As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus.
Alguns vírus são formados apenas por capsídeo + ácido nucleico, outros, no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao capsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar.

Ciclo lítico
O vírus se liga à membrana da célula e injeta seu DNA, a molécula de DNA é replicada e outros genes do vírus orientam a síntese dos componentes proteicos do capsídeo, levando à montagem de novos vírus e posterior destruição da célula hospedeira.
A principal característica do Ciclo Lítico é a molécula de DNA do vírus NUNCA fica estável na célula hospedeira (sua entrada é logo seguida da replicação do DNA e produção de proteínas do capsídeo).

Ciclo Lisogênico
Essa infecção é caracterizada pela inserção da molécula de DNA do vírus no genoma da célula hospedeira, multiplicando-se junto com a célula hospedeira, permanecendo “dormente”.

Retrovírus
São vírus de RNA que realizam o processo de transcrição inverso: a partir de RNA produzem uma molécula de DNA.
Isso é possível graças a uma enzima viral denominada transcriptase reversa.
Uma vez formada, a dupla hélice dessa cadeia é formada e a molécula de DNA viral incorpora-se no DNA da célula hospedeira, que além de se multiplicar no estado latente, pode comandar a síntese de moléculas de RNA e síntese proteica.
É o caso do HIV.