As aves e os mamíferos são os
únicos homeotermicos da Terra atual e os únicos a apresentar glândulas
mamárias. A capacidade de manter a temperatura do corpo elevada e constante foi
o principal fator adaptativo dos representantes desse grupo a praticamente
qualquer ambiente terrestre.
Muitos mamíferos voltaram para o
meio aquático (baleias, foca, golfinho, peixe-boi) e outros adaptaram-se ao vôo
(morcego) e compartilham o meio aéreo com as aves e os insetos.
Algumas
características diferenciam os mamíferos de todos os outros vertebrados:
- glândulas mamárias produtoras de leite com substâncias nutritivas para alimentação dos recém-nascidos;
- corpo coberto por pêlos, estruturas de origem epidérmica, ricas em queratina, e elaboradas por folículos pilosos;
- pele contendo glândulas sebáceas, cuja secreção oleosa lubrifica os pêlos e a própria pele, e glândulas sudoríparas, produtoras de suor (na verdade, um filtro de água, sai e uréias), recurso de manutenção da homeotermia e via de eliminação de excretas. Ambas as glândulas têm origem epidérmica;
- músculo diafragma, localizado entre o tórax e o abdômen, utilizado na ventilação pulmonar;
- placenta, órgão que regula as trocas de alimento entre o sangue materno e o sangue fetal, presente na maioria dos mamíferos chamados placentários.
As trocas gasosas respiratórias
ocorrem exclusivamente nos pulmões, cuja superfície é ampliada por
alvéolos ricamente vascularizados. Os movimentos respiratórios de inspiração e
expiração ocorrem graças à ação de músculos localizados entre as costelas
(musculatura intercostal) e, também, pela ação do diafragma, importante
músculo estriado que separa o tórax do abdômen.
Nos mamíferos, o principal
produto de excreção nitrogenada é a uréia, substância sintetizada no fígado e
filtrada no rim.
O coração dos mamíferos, a
exemplo das aves, possui quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Não
há misturas de sangues. A diferença em relação ao coração das aves é que a
artéria aorta, que encaminha o sangue oxigenado para o corpo, é curvada para o
lado esquerdo do coração. A circulação é dupla e completa.
Os sexos são separados. O dimorfismo
sexual é acentuado, isto é, as fêmeas possuem características externas que
as diferenciam dos machos e vice-versa. A fecundação é interna. Na grande
maioria, o desenvolvimento embrionário ocorre no interior do corpo materno, em
um órgão musculoso chamado útero. Surge um órgão de trocas metabólicas, a
placenta organizada por tecidos maternos e tecidos do embrião. Alimentos,
oxigênio, anticorpos e hormônios são passados do sangue materno para o
embrionário que, em troca, transfere para a mãe excretas e gás carbônico.
A vesícula amniótica, muito
desenvolvida, desempenha importante papel protetor ao amortecer choques que
incidem contra a parede abdominal da fêmea e também ao possibilitar um meio
aquático para o desenvolvimento embrionário. As vesículas vitelínica e
alantóide perdem sua função, que passa a ser desempenhada pela placenta.
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