18 de out. de 2011

Equinodermas



São animais marinhos e de vida livre. O nome desse grupo decorre da presença de espinhos na pele (equino = espinho; derme = pele).
Nos filos estudados até aqui: o celoma é formado de uma fenda na mesoderme; a boca do adulto se origina do blastóporo; e o esqueleto é, em geral, externo, secretado pela epiderme, que se origina da ectoderme.
As características que aproximam, evolutivamente, os equinodermas dos protocordados são:
  • O celoma forma-se a partir de dobras do intestino primitivo do embrião;
  • O blastóporo origina o ânus, e a boca surge em outra região;
  • O esqueleto, coberto pela epiderme, é produzido pela derme, camada que se forma da mesoderme, ou seja, o esqueleto é interno.




A maioria dos equinodermas apresenta simetria pentâmera, o que significa que o corpo pode ser dividido em cinco planos em volta de uma área central, onde fica a boca. Com esse tipo de simetria, os órgãos sensoriais estão distribuídos pela periferia do corpo, e os animais recebem informações de todas as direções do ambiente, o que é uma adaptação à vida fixa ou pouca mobilidade.
No entanto, os equinodermas originaram-se de espécies de simetria bilateral, como é evidenciado pela larva. A simetria radial é secundária, ou seja, uma modificação que ocorre ao longo do desenvolvimento do animal.
A superfície do animal é recoberta por epiderme, abaixo da qual está o esqueleto, formado por placas calcárias soldadas ou articuladas, geralmente com espinhos. O esqueleto desenvolve-se na superfície e funciona como uma defesa.
Situado nas zonas radiais, o sistema ambulacrário, origina-se do celoma e é formado por um sistema de canais, pelo qual circula a água do mar, funcionando como sistema circulatório e locomotor (contração dos músculos). 



 
O tubo digestório é completo, com presença de glândulas digestivas e digestão extra-corpórea em estrelas-do-mar, e forte aparelho mastigador nos ouriços.
A respiração é feita através de brânquias, ou estruturas semelhantes.
O sistema circulatório é muito rudimentar, com um líquido incolor, e suas funções são substituídas, pelo sistema aqüífero e pela circulação do líquido celômico.
Neste filo, o sistema nervoso é pouco desenvolvido (coerente com a pouca mobilidade desses animais) e acompanha anatomicamente o sistema ambulacrário. Na ponta dos braços da estrela-do-mar, existem olhos simples, capazes de perceber luz. Além disso, células táteis e olfativas estão espalhadas na epiderme.
Os sexos são quase sempre separados, e as gônadas desembocam no exterior por orifícios na superfície do corpo. Em geral, a fecundação é externa. O desenvolvimento é indireto, com formação de larvas de simetria bilateral, que sofrem metamorfose e transformam-se no adulto.
As estrelas-do-mar são capazes de regenerar braços danificados. Em algumas espécies, um único braço, desde que possua uma parte do disco central, pode crescer e transformar-se em um animal completo.



 








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